CARGOS E FUNÇÕES
ADMINISTRAÇÃO DO CLUBE DE AVENTUREIROS
Administrar o Clube de Aventureiros não é uma tarefa fácil, mas ela pode ser facilitada com a aplicação adequada de alguns importantes conhecimentos.
Cargos e funções formam um conjunto destes conhecimentos, que todo líder deve obter.
Cargos
Cargos são posições de autoridade, concedidas por um autorizador.
Quem possui autoridade pode criar cargos, e o faz com um propósito em mente: repartir esta SUA autoridade para (e responsabilidade por) conseguir os resultados almejados pela organização que representa. Receber um cargo é receber estes dois importantes ingredientes da liderança: autoridade e responsabilidade.
Uma boa definição para autoridade é a seguinte: Autoridade é o direito, (que alguém ocupando um cargo recebeu), de mandar e ser obedecido.
Embora o exercício da autoridade exija sempre obediência dos outros, esta obediência pode (e deve) ser algo natural, suave, prazeroso e construtivo. Para isso, a autoridade precisa ser cheia de empatia, compreensão, amizade e entusiasmo, sem “abrir mão” da efetiva administração da disciplina e da aplicação das regras.
Uma definição para responsabilidade seria a seguinte: Responsabilidade é o dever de responder pelos resultados e conseqüências de ações, nossas ou de outros, pelos quais sejamos (ou estejamos) responsáveis.
Em outras palavras, responsabilidade é a obrigação de prestar contas a quem nos autorizou, pois sempre há uma autoridade, superior a nós, não importa qual o cargo que ocupemos.
A autoridade e a responsabilidade são dois “pratos da mesma balança” – se equilibram mutuamente. Eles se equivalem e compensam: muita autoridade / muita responsabilidade, muitos privilégios / muitas obrigações, muitos direitos / muitos deveres.
Autoridade e responsabilidade estão estreitamente ligados ao conceito de CARGO.
Funções
As funções, por outro lado, não envolvem autoridade – envolvem competência.
Funções são tarefas especificas, que precisam ser realizadas por alguém, para o bem da organização, da coletividade ou das demais pessoas, ao redor.
As funções estão por toda parte.
Qualquer pessoa pode assumir uma função, mas só pode se manter nela quem possua os conhecimentos e habilidades que a função exige. Se uma pessoa, que não possui competência para determinado trabalho, for mantida numa função importante, todos 3 saem perdendo: perde a própria pessoa, perdem os usuários do serviço que deveria ser disponibilizado, perde a organização como um todo, perde a autoridade que a nomeou para a função.
O que é mais importante: um cargo ou uma função?
Se o seu Clube de Aventureiros fosse uma pessoa e você lhe fizesse esta pergunta, ele provavelmente responderia que, entre uma e outra, as funções fazem muito mais falta do que os cargos, por isso as funções são mais importantes. A organização depende muito mais de funções (tarefas) bem executadas do que dos cargos (autoridade) existentes.
Quem é mais importante: o comandante do quartel ou o sentinela no muro?
Eis uma pergunta cuja resposta TEM que ser (ou ao menos começar com) uma palavra: “Depende”
Depende de quê?
Bem, depende da hora do dia (ou da noite), depende da região onde o quartel está localizado, depende da população que existe ao redor do quartel, depende das relações diplomáticas do momento, depende do estado de espírito ou da disciplina que reina entre os soldados, depende dos materiais e equipamento (ou das riquezas, ou dos segredos, ou dos perigos, ou ...) existentes dentro do quartel, (...) – depende ...
Em cada uma destas situações, a autoridade (delegada pelo comandante) de que o sentinela está investido, garante a segurança de todos. Ele é o mais habilitado a desempenhar esta tarefa.
Na função de sentinela, não há ninguém menos adequado que o comandante do quartel!
Ele não treina todos os dias para aprimorar os reflexos, ele não pratica tiro ou ordem unida, sua disciplina (depois de anos e anos apenas dando ordens) não está lá grande coisa e, sinceramente, não nos parece que ele tenha resistência suficiente para passar acordado, alerta e bem disposto, mais do que uns poucos minutos além de sua hora costumeira de ir para a cama.
Ele tem autoridade mas não possui a competência necessária para aquela tarefa.
Por incrível que pareça, uma autoridade incompetente, ocupando um cargo, causa muito menos estrago do que alguém incapaz ocupando uma função – a função é imprescindível para a sobrevivência de qualquer organização, a autoridade nem sempre.
Esta é uma diferença fundamental entre cargos e funções.
Para receber um cargo não se requer, necessariamente, conhecimentos ou habilidades especiais – basta apenas a confiança do autorizador. Se o autorizador considera alguém confiável e lhe confere autoridade, este autorizado passa a possuir todos os direitos e deveres inerentes à autorização que recebeu – o autorizado torna-se um representante da autoridade.
Em contrapartida, para receber uma tarefa ou função requer-se, obrigatoriamente, conhecimento e habilidade, adequados à realização daquela tarefa ou função.
Dito isso, esperamos que você não se surpreenda com a quantidade (relativamente pequena) de cargos, previstos para fazer funcionar o Clube de Aventureiros. São apenas três.
Fonte: www.aventureiros.or.br
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